E no meio de tantos destinos
cruzados eu me sinto num emaranhado só. Eu dei tanta corda que deu nó. Agora
não dá mais pra desembolar, vai ter que cortar. Não quero excesso, não quero furor:
só quero que você secretamente compreenda, que ouça aquela voz interior – é a
minha gritando com a sua: suma! - e se afaste sem dizer nada. Que desapareça -
plim! – como num conto de fadas. Eu tentei explicar, mas não consegui. Eu mal
comecei, mas tropecei e caí. E no meio de tantos eventos inúteis, de tanto
tempo perdido com coisas fúteis, eu estou cheia. A gente tem mania de gostar de
porcaria, tipo refrigerante, batata frita e gente que não presta. A gente cola
um “idiota!” na testa e vai fazendo o que bem entende. Pensa depois que deveria
evitar – mas e o sabor? Será que o certo é mesmo trocar o vinho por água e
evitar a ressaca? É a verdade tinta e seca que desce pela garganta mas evita a
dor de cabeça do dia seguinte. É a água com gosto de nada que amarga madrugada
adentro. Na verdade, é como sempre foi: vai dor durante ou depois? Agora eu vou
de durante – com muito gelo, por favor.
Floresta de Beckingen, Alemanha |
Eu juro que se você publicasse um livro eu ía correr pra loja, comprar e ler avidamente!...
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