Final de julho. De joelhos junto o
que sobrou nos bolsos pra carregar pro mês que virá. Se será bom? É sinal de que se vive
esperar que sim. Em mim as ideias soltas parecem se direcionar, são formiguinhas
em fila, uma atrás da outra, tendo certeza que a da frente sabe aonde está
indo, e assim vão seguindo rumo a algum lugar. Açúcar? Não, hoje eu quero é paz.
Aceitei na minha vida sem mais o doce moderado. Bandeira branca, amor. Continuo
de pé porque adotei o morno, o médio. É tédio, mas é a prazo. É fraco, mas é
meu. Dieta forçada. Sabotei a minha empada e tirei dela a azeitona. Virou essa
coisa meio assim, meio cafona, meio forró sem sanfona, meio início de dor de
dente com resquício de temporal. Tá café requentado. Tá estranho, tá banal, tá
um teatro de ator ruim. Tá assim, tá assado. Tá frito, mas não tá empanado. Tá
cozido só por fora. Tá aurora boreal em preto e branco. Tá chato com cara de
santo no pedestal. Essa carne de segunda dá preguiça de mastigar. Manda voltar,
garçom, que aqui nessa mesa de bar eu só espero dar a hora. Vou-me embora tomar
um quarto e me entender com Morfeu, que agosto já deu sem nem precisar começar.
Cenas de julho |
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